O uso do protetor diário ainda gera muitas dúvidas em relação à saúde íntima feminina. Para desmistificar o tema, a Prof. Dra. Zsuzsanna Di Bella, ginecologista e professora da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) responde oito mitos e verdades sobre o produto.
Vale lembrar que cada corpo é único e não há um padrão nem regra. O é ideal é, sempre, consultar seu ginecologista. Confira abaixo as respostas:
1. Protetor diário é um mini absorvente.
Mito. O absorvente menstrual possui camada plástica e maior capacidade de absorção para reter os fluidos da menstruação. Por isso é mais espesso e tem tamanho maior do que um protetor diário. Por sua vez, os protetores se dividem em dois tipos: aqueles feitos para o início e final da menstruação, que possuem uma fina camada plástica para reter pequenos fluxos, e os respiráveis, que são ideais para o uso diário, pois são feitos com um material poroso que permitem a circulação do ar.
2. O uso de protetores diários é prejudicial porque abafa a região íntima.
Mito. Diferentemente da barreira plástica dos absorventes menstruais, o protetor de uso diário é feito de material respirável com microporos que permite a ventilação e não abafa a região genital, podendo ser utilizado nos dias em que não estamos menstruadas.
3. O protetor é indicado só para mulheres com problemas ginecológicos.
Mito. O protetor foi desenvolvido para o uso diário com objetivo de atender às necessidades femininas comuns, como absorver a umidade natural, a transpiração excessiva, leves escapes de urina e os fluídos vaginais, além de neutralizar os possíveis odores da área íntima. A anatomia feminina favorece o acúmulo de secreções e umidade na região íntima externa, que podem causar desconforto. O papel do produto é absorver esses fluídos, proporcionando, assim, uma sensação de limpeza e bem-estar ao longo do dia.
4. O uso diário do protetor aumenta as chances de desenvolver infecções.
Mito. Foi comprovado, por meio de estudo realizado e acompanhado por ginecologistas, que o protetor diário, quando utilizado corretamente, não aumenta as chances de infecções, como por exemplo a candidíase. Ele é feito com material respirável e permeável, que não abafa e nem altera a condição natural da região íntima. Sendo assim, seu efeito é justamente o contrário: ele ajuda a prevenir possíveis infecções normalmente causadas pela umidade que pode ficar na calcinha.
5. É preciso trocá-lo durante o dia.
Verdade. A mulher pode trocar o protetor sempre que achar conveniente para se sentir limpa e seca. Porém, o mais indicado é substituí-lo, ao menos, duas vezes ao dia para garantir qualidades máximas na adesão à calcinha, na integridade do protetor diário de calcinha e na atuação do sistema de controle de odores.
6. O uso diário causa irritação e coceiras.
Mito. O uso do protetor diário possibilita uma sensação semelhante à de uma calcinha de algodão, uma vez que é feito deste produto natural. Entretanto, se você perceber alguma sensação anormal, como coceiras ou irritações, é importante visitar seu ginecologista.
7. O protetor diário não modifica o pH da região íntima.
Verdade. O protetor diário respirável pode ser utilizado diariamente pois é feito de material respirável, que permite a circulação de ar, e não interfere na flora vaginal, nem no pH conforme estudos realizados.
8. O protetor diário diminui o contato entre a pele e possíveis corrimentos.
Verdade. Pelo fato do produto absorver os fluidos provenientes da vagina, como pequenos fluxos sanguíneos, escapes urinários e corrimento vaginal, permite que a pele da região íntima não fique em contato com estes fluídos, dando a sensação para a usuária de limpeza e higiene ao longo do dia.
FONTE: catracalivre.com.br