O verão é a estação mais quente do ano e com ela várias ocorrências de doenças tendem aumentar, como dengue e conjuntivite. Os últimos dados do Ministério da Saúde mostraram, por exemplo, que os casos de chikungunya cresceram 850% em 2016 e no de 2017 aumentará mais. Além das doenças do verão, é importante atentar-se ao problema de desidratação, insolação, micoses e intoxicação alimentar. José Ribamar Branco, infectologista, explica que a alta incidência solar, falta de higiene e de saneamento são os principais responsáveis pelo crescimento de casos das chamadas doenças de verão. Confira abaixo algumas doenças:
Insolação
Ocorre mediante exposição prolongada a ambientes quentes e secos. Os seus sintomas são: mal-estar generalizado, febre alta, pele avermelhada e seca, pulsação acelerada, falta de ar, enjoos, tonturas e possíveis desmaios. Para se prevenir tome cerca de três litros de água por dia e aplique protetor solar antes de se expor ao sol, repassando, se possível, a cada duas horas.
Desidratação
É quando o corpo perde, de forma excessiva, líquidos e sais minerais por meio da saliva, suor, urina e fezes. Isso pode acontecer por meio de transpiração excessiva, diarreia ou vômitos. Quando desidratada, a pessoa sente uma sede intensa, fica com os olhos, mucosas e boca secas, passa longos períodos sem urinar e aumenta a irritabilidade. “Para prevenir-se, é importante consumir líquidos frescos, alimentos leves, vestir-se com roupas leves e ficar, preferencialmente, em ambientes com sombra e arejados”, explica o infectologista.
Dengue, chikungunya e zica:
O Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão dos três vírus, se reproduz preferencialmente em ambientes quentes e úmidos, característicos do verão. “É preciso estar duas vezes mais atento a febres, manchas e dores no corpo, que podem ser sintomas de dengue, zika e chikungunya”, explica o médico. De forma a ficar longe deste risco, é importante acabar com todo foco de reprodução do mosquito. Além disso, o uso de repelentes contra insetos pode evitar picadas que possam transmitir o vírus.
Micoses
São infecções dermatológicas causadas pela proliferação de fungos em algumas partes do corpo. “As partes afetadas são geralmente as mais quentes e úmidas, uma vez que oferecem as condições ideais para a reprodução dos fungos”, comenta. Sintomas: coceira constante, irritação, vermelhidão e ressecamento. A prevenção é manter todas as dobras do corpo higienizadas e secas, não compartilhar toalhas e calçados com terceiros, não vestir sapatos fechados em dias muito quentes e não andar descalço em ambientes públicos.
Intoxicação alimentar:
As infecções gastrointestinais podem ter origem bacteriana ou viral e normalmente são originadas por conta da ingestão de comidas mal conservadas ou mal higienizadas. O médico explica que essas intoxicações costumam provocar náuseas, diarreias e vômitos. Uma dica para se prevenir é consumir vegetais, carnes e peixes crus somente em locais confiáveis.
Conjuntivite:
É a inflamação da membrana que reveste o globo ocular. A doença pode ter como origem agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus. Durante o verão, a mais comum é a bacteriana, uma vez que as bactérias causadoras se propagam na água. “Os sintomas da conjuntivite são a vermelhidão, inchaço, ardência e a presença de secreção. É muito importante não compartilhar objetos de higiene pessoal enquanto estiver contaminado. Não é recomendável coçar os olhos e lavar as mãos e o rosto com frequência é essencial.” conta Branco.
FONTE: altoastral.com.br