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Crianças e animais de estimação: como lidar com essa convivência

Cachorros e gatos são muito comuns nas casas dos brasileiros. Os animaizinhos proporcionam momentos de companhia, diversão, proteção e são muito queridos pelos donos. Mas, muitas vezes, quem dá tanto ou mais trabalho que os animais são as crianças. Quando juntam os dois, a dor de cabeça pode aumentar. Será que pode surgir alergias e outras doenças? Como lidar com a sujeira? E se o animal for meio briguento?

Mas a convivência entre animais e crianças pode ser natural e saudável. Para isso, basta que os pais se atentem a três quesitos básicos: saúde/limpeza, atenção e educação.

O pediatra Marcos Monte diz que é importante estimular a relação de crianças e animais, desde que seja observado o tipo de animal (mais ou menos agressivo), a suscetibilidade de cada criança em relação aos animais e se haverá cuidado dos responsáveis. Monte é contra a teoria de criar os filhos em uma “bolha de plástico”, explicando que ‘ambientes cirúrgicos’ só propiciam aumento de quadros imunológicos”.

Atenção redobrada com os animais

A atenção dos pais deve ser redobrada quando surgem sintomas na área respiratória da criança, como espirros, tosses e crises de broncoespasmo, trazendo dificuldade de recuperação. E na área dermatológica, o prurido (coceira) e eczema (inflamação na pele).

Lala Cerri, blogueira sobre maternidade no We Love Cherry e mãe de duas filhas, conviveu com essa questão e resolveu de forma natural.

Cinco anos antes de engravidar, ela já tinha uma cachorra e sempre considerou o bichinho como parte da família: “As minhas filhas aprenderam desde cedo a respeitar o próximo, seja ele uma pessoa ou um animal. Também percebi que logo cedo as minhas filhas se sentiam seguras e protegidas pela nossa Bibi. É muito emocionante ver como um bebê pode já estabelecer vínculos afetivos com um animalzinho. Também percebi que minhas filhas desenvolveram cedo uma certa responsabilidade em tomar conta da cachorrinha quando outros amigos queriam fazer algum ‘carinho’ mais brusco. ”
Mas as coisas nem sempre foram fáceis. Lala conta que no começo a sua cadelinha de estimação sentiu ciúme e rosnava para o bebê, mesmo não sendo brava anteriormente. Mas nada que algumas broncas, atenção e paciência não resolvessem.

Lala acredita que “os cachorros só pelo nosso tom de voz absorvem muitas informações e usar um tom de voz mais bravo sempre funcionou”. Ela também conta que sempre falou para as filhas “que a Bibi era uma cachorra, uma animalzinho, e que por não saber falar, às vezes ela poderia ficar irritada e talvez morder”.

Necessidades dos animais

Sobre as necessidades fisiológicas dos animais, ela recomenda que se ensine o bicho a realizá-las na área externa de casa ou em uma área que as crianças não frequentem com constância, como a lavanderia. O importante, segundo Lala, é estar por perto e ensinar as crianças a não mexer e explicar bem os motivos, tudo de forma bem educativa.

FONTE: altoastral.com.br