Muito se ouve falar sobre poluição e todos os seus efeitos causados na pele. Porém, essa não é a única agressão externa que devemos nos preocupar. Além dos poluentes que encontramos nas cidades e centros urbanos, existem os danos da radiação UV que, juntos, formam uma ação sinérgica e resultam no conceito de fotopoluição. Esse processo, por sua vez, acaba potencializando ainda mais os danos cutâneos e alavancando uma série de problemas, inclusive no aumento da oleosidade e de infecções na pele, como a acne. Para aprofundar esse assunto, o DermaClub convidou a dermatologista Carolina Marçon, de São Paulo. Confira!
A fotopoluição e seus impactos na saúde da pele
De acordo com a médica, a ação sinérgica da radiação UV com os poluentes formam a fotopoluição. “A radiação ultravioleta consegue agir diretamente sobre os poluentes primários, transformando-os em secundários, transmitindo, assim, os raios UVA longo – parte da radiação ultravioleta A que penetra mais profundamente na pele -, tornando a fotopoluição ainda mais potente”, explicou.
Então, tanto a radiação solar, quanto os poluentes, vão causar problemas similares na pele. “Entre eles, podemos citar o estresse oxidativo – com a liberação de radicais livres -, alteração na microbiota cutânea e a ativação de alguns receptores – como o aril hidrocarboneto, que acaba causando a degeneração do colágeno – e interferência na imunidade da pele”, atentou.
A fotopoluição e sua relação com a oleosidade da pele
A radiação UV e a poluição aumentam a oleosidade da pele, logo, a fotopoluição também. “Existem inúmeros estudos que comparam a pele de pessoas que vivem em áreas rurais com as que residem em regiões urbanas e o resultado comprovou que existe muito mais oleosidade no rosto de quem vive nas cidades mais populosas”, afirmou.
Portanto, existe uma ação direta da fotopoluição com o aumento na produção de sebo pelas glândulas sebáceas e também na oxidação do esqualeno – principal componente do sebo que mais sofre com a ação desse problema. “Quando o esqualeno é oxidado, ele se torna irritativo para a pele, pois resulta na liberação de substâncias tóxicas, que vão ativar a infecção cutânea, levando a vários efeitos imunológicos, biológicos e à liberação de substâncias que degeneram a matriz extracelular, causando a flacidez, rugas, manchas, entre outras alterações”, disse.
Evite a oleosidade e os danos da fotopoluição com protetor solar e antioxidantes
Segundo a Dra. Carolina, “o ideal é proteger a pele e optar por filtros solares que tenham uma ação contra o UVA longo – principal tipo de radiação preocupante em ambientes poluídos – e, de preferência, um produto que tenha uma textura antipoluição”, indicou. É importante que o dermocosmético tenha ação antioleosidade, efeito blur que disfarça os poros e não deixa a pele com o toque engordurado para controlar todo o excesso de brilho no rosto. Além disso, aposte em antioxidantes, com ativos como a vitamina E, que ajudam a potencializar a proteção solar e a proteger a área dos efeitos da fotopoluição.
FONTE: dermaclub.com.br