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Uso indiscriminado de analgésicos causa problemas de saúde

Com que frequência você sente dor de cabeça? Quantas vezes recorre aos analgésicos? Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 5% da população mundial sofra com esse incômodo de maneira regular.

No entanto, levantamento do Instituto Nacional de Excelência Clínica e da Saúde (Nice) mostra que o excesso do uso de medicamentos para combater a pode causar dependência e levar o usuário a um ciclo vicioso.

De acordo com o estudo, realizado na Grã-Bretanha, quase um milhão de pessoas sofrem com dores evitáveis, resultado do consumo desmedido de remédios analgésicos. Ou seja, vale a pena ficar de olho.

Analgésicos aumentam risco de problemas cardíacos

Mas não são apenas os pesquisadores do Reino Unido que estão preocupados com o consumo dessa medicação. Neste ano, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) divulgou diretrizes que servem de alerta sobre a utilização de analgésicos como codeína, morfina, metadona e derivados.

O órgão recomenda que esses medicamentos não sejam a primeira opção no tratamento cotidiano de dores de cabeça e nas costas. No Brasil, esse tipo de remédio é vendido sem prescrição médica e o seu uso indiscriminado está associado a arritmias cardíacas e mortes súbitas.

Segundo um estudo realizado pela University Medical Center in Rotterdam, na Holanda, com mais de oito mil pacientes, o uso contínuo de analgésicos pode aumentar em 80% os riscos de arritmia cardíaca. Ou seja, a dica é que eles sejam usados a partir de recomendação médica e não por automedicação.

Especialistas em neurologia afirmam que a automedicação se torna um problema quando o paciente passa a consumir esse tipo de substância por 10 a 15 dias no mês. Por isso, vale a pena ficar atento à frequência das dores.

Por que se preocupar com a arritmia cardíaca

Para o coração bombear sangue e realizar todas as suas funções corretamente, precisa que seu mecanismo de contração (sístoles) e relaxamento (diástoles) esteja sincronizado. Isso só acontece quando suas células agrupadas desempenham o papel de um marca-passo natural.

É o descompassos desses estímulos elétricos que leva ao processo de arritmias cardíacas. O problema é que ela nem sempre é identificada de modo simples, o que atrasa o início do tratamento. E esse é apenas um dos problemas que podem ser desencadeados pelo consumo excessivo de analgésicos.

Afinal de contas, o que serve para o seu amigo nem sempre é a melhor alternativa para você, assim como a dosagem. Não é à toa que a orientação médica é tão importante e não deve ser dispensada, mesmo nos casos mais simples.

FONTE: doutissima.com.br