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Outubro Rosa: Como prevenir o câncer de mama

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais comum nas mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ficando atrás apenas do câncer de pele. Apenas neste ano, há uma estimativa de que serão detectados 58 mil novos casos da doença que, se detectada em estágio inicial, tem grandes chances de cura. E para alertar sobre a prevenção do câncer de mama, neste mês é celebrado o Outubro Rosa. A campanha, que tem como símbolo um laço rosa, é uma iniciativa do INCA para chamar a atenção para que mulheres realizem os exames que diagnosticam a doença. Além disso, a ação reforça a importância do autoexame.

Outubro Rosa: Previna-se contra o câncer de mama

O principal sinal que o câncer de mama dá é o surgimento de um nódulo fixo e, na maioria das vezes, indolor, na mama, axila ou pescoço. Segundo o oncologista e integrante da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), dr. Gilberto Amorim, este nódulo está presente em aproximadamente 90% dos casos de câncer de mama. Além disso, de acordo com o médico, pode também apresentar vermelhidão na pele, retração, alteração no mamilo, e saída de líquido anormal das mamas. “A consulta médica é fundamental para analisar com precisão o motivo da manifestação de qualquer um destes sintomas”, alerta.

Para entender melhor a doença, o especialista explica que existem dois tipos de câncer de mama, sendo o mais comum o que se origina nas células dos ductos mamários, por onde passa o leite materno. Outro tipo, menos comum, é o que tem origem nas células dos lóbulos mamários.

Quais os exames devem ser feitos para identificar a doença?

Para detectar precocemente o câncer de mama, o Ministério da Saúde indica que mulheres entre 50 e 69 anos realizem a mamografia a cada dois anos. No entanto, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a recomendação é de que o rastreamento mamográfico deva começar aos 40 anos. “Existe essa indicação devido ao fato de que no Brasil a média de idade é menor do que em alguns países desenvolvidos como os EUA, por exemplo”, explica o especialista dr. Gilberto Amorim. A mamografia possibilita que o câncer seja encontrado ainda em sua fase inicial e assim seja realizado um tratamento menos agressivo. Isso ainda reduz significativamente as chances de morrer em decorrência da doença.

Outra atitude que a mulher deve tomar é o autoexame das mamas. Porém, o oncologista alerta: “Essa é uma prática importante, mas secundária, pois quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial”.

É possível prevenir o câncer de mama?

O surgimento do câncer de mama está relacionado a diversos fatores, como histórico familiar, obesidade, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica, entre outros. Mas, segundo o INCA, a adoção de alguns hábitos saudáveis pode reduzir em até 28%o risco de desenvolver a doença. Por isso, é essencial ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos regulares, reduzir o consumo de álcool e não fumar.

O que você precisa saber sobre o tratamento do câncer

O oncologista dr. Gilberto Amorim explica que, ao passar por um tratamento de câncer de mama, cada mulher reage de uma forma e cada caso deve ser tratado de forma única. “A jornada de tratamento de uma mulher é diferente da outra, o processo pode ser lento ou ter alterações, novas questões podem surgir com o tempo, e as preferências e prioridades da cada paciente podem mudar”, explica.

Ele tranquiliza ainda dizendo que as pesquisas sobre o câncer estão em constante evolução e novos medicamentos estão sendo continuamente desenvolvidos. “Com o avanço da medicina, as terapias-alvo atacam especificamente as células cancerosas, resguardando as saudáveis, e, com isso, minimiza os efeitos colaterais. Por sua alta especificidade, essas terapias têm mais eficácia e segurança, além de proporcionar mais qualidade de vida e tempo”, finaliza.

FONTE: doutissima.com.br