A alimentação equilibrada é fundamental para manter a saúde em dia em qualquer idade. Mas na fase de crescimento, a nutrição se torna ainda mais decisiva. O que se observa, porém, é uma dieta para criança que passa longe da recomendada.
Os pequenos hoje consomem pouca comida de qualidade. Prova disso é que, segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), 7,3% das crianças brasileiras com menos de cinco anos têm sobrepeso.
Uma pesquisa online, feita pela Proteste Associação de Consumidores com 123 pais, no início do ano, revelou que 36% das crianças comem fast food de três a quatro vezes por semana.
Elementos essenciais na dieta para criança
A nutricionista Silvia Ramiro Fischer lembra que, antes de definir um cardápio alimentar, é essencial considerar a idade e o histórico de vida do paciente. O que se pode antecipar é que todos os grupos alimentares são importantes.
Proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais e gorduras, se consumidos em suas devidas quantidades, auxiliam para um estilo de vida saudável. Independente da faixa-etária.
Mas no caso das crianças, especialmente, é preciso garantir o consumo suficiente de alimentos ricos em proteínas. Carnes e leites, por exemplo, são essenciais na formação de ossos e músculos.
As vitaminas e o ferro também precisam estar presentes no cardápio infantil, por isso é importante a inclusão de frutas, legumes, verduras e cereais nas refeições. É necessário lembrar, igualmente, que a alimentação da criança costuma ser reflexo dos hábitos alimentares dos pais.
Adotar uma dieta mais equilibrada, portanto, é tarefa mais fácil quando realizada em conjunto, com participação de toda a família. Uma boa dica é solicitar a ajuda dos pequenos na cozinha, para que elas possam ter uma relação mais próxima com o alimento.
Vale chamar os filhos para ajudar a temperar ou lavar os vegetais da salada, por exemplo. Se eles não gostarem de salada, a sugestão é fazer molhos com ingredientes caseiros para temperar, à base de mel, mostarda, queijo magro ou iogurte.
As fibras também são indispensáveis, pois ajudam o intestino a funcionar bem. Por isso, lembre-se de incluir receitas como mingau de aveia, purê de batata-doce, goiaba e maçã.
Outra alternativa para que o seu filho coma melhor é trazer um apelo lúdico ao prato. Utilize as frutas, por exemplo, para formar um rostinho sorridente. Se a criança ainda encontrar resistência em comer bem, ter o acompanhamento de um profissional da área da nutrição é uma opção ideal.
Dicas para driblar as porcarias
Nunca é fácil dizer às crianças que elas não podem mais comer o que tanto gostam em grandes quantidades. Por isso, a dica é fazer trocas graduais no cardápio. Substitua o suco artificial por uma batida natural de frutas com mel. Assim, o paladar vai se readaptar aos poucos.
Também é ideal não deixar os salgadinhos, balas, biscoitos e chocolates ao alcance. Se esses industrializados estiverem disponíveis, a criança naturalmente vai preferir comê-los ao invés de uma fruta. Outro aspecto importante para deixar as porcarias de lado é investir na rotina alimentar dos filhos.
De acordo com a pesquisa da Proteste, 70% das crianças não jantam todas as noites e 23% não tomam café da manhã diariamente. Isso pode ser um indicador de descontrole nos hábitos alimentares das famílias. Todas as refeições são importantes: certifique-se de que seu filho não está pulando nenhuma.
FONTE: doutissima.com.br