De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 65% das mulheres apresentam anemia na gravidez. Esse processo fisiológico é caracterizado pela mudança dos níveis de hemácias no sangue, as células responsáveis pelo transporte do oxigênio para o organismo da mãe e para a criança que está em desenvolvimento.
Trata-se de um processo fisiológico totalmente normal, visto principalmente durante o segundo e terceiro trimestre de gestação. O seu diagnóstico é dado por meio de exames de sangue recomendados durante o pré-natal. Nem por isso, no entanto, é possível descuidar da saúde.
Causas da anemia na gestação
A anemia fisiológica da gestação é causada pelo aumento do volume sanguíneo circulante na mulher grávida. Quem explica é a ginecologista e obstetra Fernanda Escopelli. “Ele faz com que as hemácias fiquem mais diluídas no sangue materno, mostrando assim uma menor concentração no exame”, afirma.
Os principais sintomas da anemia na gravidez são a pele pálida, cansaço constante, falta de ar, tontura e pouco apetite. Algumas mulheres ainda podem apresentar dores de cabeça, dificuldade de se concentrar em atividades da rotina e uma acentuada queda de cabelos. Todos esses traços não podem ser ignorados e devem ser analisados.
A criança que recebe baixos níveis de hemácias no sangue tem altos riscos de apresentar desenvolvimento mais lento. Outras ameaças são a dificuldade para ganhar peso, partos prematuros e até mesmo chances de aborto. O diagnóstico rápido é essencial para evitar o aparecimento de todos esses problemas.
Tratamento da anemia na gravidez
O obstetra deve analisar o diagnóstico dado por exame de sangue. O ideal é manter uma dieta rica em ferro e diversos outros nutrientes durante a gravidez. A gestante que apresentar altos níveis de anemia na gestação deve ter tratamento mais forte. “Pode ser necessária a reposição de sulfato ferroso para controle da anemia”, aponta Fernanda.
A dose de sulfato ferroso ou ácido fólico indicada pela obstetra irá suprir as necessidades vistas no exame de sangue. O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), garante a suplementação gratuita para crianças, gestantes e mulheres no pós-parto – basta ir à unidade de saúde do SUS para receber os medicamentos.
O acompanhamento pré-natal é indispensável para a identificação de todos os desequilíbrios perigosos. Uma nutricionista ainda pode ser procurada para a criação de uma dieta específica para a melhora do processo fisiológico. Fernanda indica o consumo de carne, feijão, beterraba, lentilha, grão-de-bico, ervilha e agrião para o aumento dos níveis de ferro no sangue.
FONTE: doutissima.com.br